terça-feira, 7 de abril de 2020

Série Paradise e Espelhos da floresta


Desde de 2013, quando passei a dedicar minha pesquisa artística mais diretamente para a pintura, as florestas (fauna e flora) sempre estiveram presentes em meu trabalho.
Em março de 2018 comecei uma residência artística de sete meses na cidade do Rio de Janeiro, explorando espaços que abrigam parte da Mata Atlântica, a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, a Colônia Juliano Moreira onde funciona o Museu de Arte Contemporânea Arthur Bispo do Rosário e o Campus da Fiocruz Mata Atlântica, entre outros espaços públicos que se relacionam com a mata. Partindo dessa pesquisa, seu material histórico e o seu entorno, iniciei uma série de pinturas que venho desenvolvendo.
Nas séries Paradise e Espelhos da Floresta, eu utilizo registros dessa vivência, transformando e criando uma paisagem própria. Eu já vinha explorando imagens sobrepostas, espelhamentos, formas que partiam de desenhos da geografia da floresta, extrações geométricas.









Série Seres do acaso

A exuberância das cores entre as quais se detecta uma presença sublime, mas que não se pode decifrar completamente.
A friburguense, dona de uma recente carreira, porém já com uma instigante forma de pintar, cria atmosferas irreais que se revelam em certo desassossego para o espectador, entre os personagens, as paisagens, os ângulos e o espaço-tempo, que ela altera a cada tela.

Em seu processo criativo, transita entre a fotografia, a instalação escultórica e, atualmente com mais afinco, a pintura a óleo — técnica que domina com especial destreza e que nos remete a maneira de pintar com tinta espessa, encontradas também nas telas de Rodrigo Andrade, Vania Mignone entre muitos artistas jovens que retomaram a pintura.

Em seu pincel, a tinta ganha corpo e volumes, que dão vida a fauna e a flora que circundam seu universo fantástico que tem a floresta como fundo. 

Nesse mundo tão particular concebido por Sani Guerra, mergulhamos em sua linguagem fragmentada de memórias e referências quase em queda livre. Por isso, não busque por verossimilhanças. Ainda mais em sua nova série. Nela, a artista foi além, colocando uma pitada a mais de mistério nas cenas e histórias que origina. Se antes as figuras não se encaixavam nos cenários pelo cartesianismo de nosso raciocínio, agora elas parecem flutuar, podendo ser tudo, todos ou até a ausência dos mesmos. Por baixo dos véus soltos em um jardim transformado pelas cerdas de Sani em opulentas floresta, podem viver seres mágicos também. E nesse cenário encantado qualquer imagem se torna possível. (Ana Carolina Ralston)



Série Mata Atlântica


Em março de 2018 comecei uma residência artística de sete meses na cidade do Rio de Janeiro, explorando espaços que abrigam parte da Mata Atlântica, a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, a Colônia Juliano Moreira onde funciona o Museu de Arte Contemporânea Arthur Bispo do Rosário e o Campus da Fiocruz Mata Atlântica, entre outros espaços públicos que se relacionam com a mata. Partindo dessa pesquisa, seu material histórico e o seu entorno, iniciei uma série de pinturas que venho desenvolvendo. 










Série atmosfera fantástica

A contemporaneidade é mais intensa na proporção em que a sublimidade não é evidente.
 O abismo vizinho ao penhasco, a tempestade eletrizante as nuvens, os reflexos no espelho ou na água ou a incomensurabilidade da técnica, acesa ao olho, não provocam a mesma cumplicidade, entre sublime e simpatia, que a sutileza que combina a disponibilidade pictórica com os desafios compartilhados na sociabilidade ou mesmo nas agruras da política.
A pintura da Sani Guerra combina elementos, quase em excesso, como um fundo repleto de plantas, numa pincelada alargada, que preenche ainda mais os espaços, em variedade de tons escuros, com a presença simples, e misteriosa, de sólidos geométricos, no plano frontal, como um obelisco, ou lateral, como espectador judicioso, mais as mulheres trevosas. Isso porque trágicas: em máscara contra a peste ou reflexiva à pestilência enquanto enfermeira.
Há uma inexplicável manutenção da simpatia no acordo entre sobrevivência feminina ao ambiente agressivo, a vestimenta trevosa, a imprevisibilidade criativa e a selva. (Cesar Kiraly)







Série Memória e Impermanência


A temática da produção pictórica da artista provoca no espectador certo atrito na relação espácio-temporal porque as figuras – bem estruturadas do ponto de vista do desenho – não são organizadas seguindo o princípio do cubo. Uma imaginária exuberante apresentada por fragmentos de cenas, de situações. A organização das figuras é estritamente visual e mnemônica, nesse caso, não se realiza pela forma. A artista empresta ao espectador seu universo particular, suas visadas ocasionais, o tempo passado, a alegoria... (Tatiana Martins)
















Projeto Construção

https://www.youtube.com/watch?v=1mnVmtPd2xM

https://www.youtube.com/watch?v=-PWIxF4WDjY

O projeto Construção teve início em julho de 2008, foram 11 intervenções, dentro e fora de exposições, salões e premiação (Prêmio Interações Estéticas/Funarte). As esculturas em papel marche são feitas a partir do limite entre o concreto e o espaço vazio de prédios de várias épocas e lugares; um contorno tridimensional, que ressalta a forma, o desenho da arquitetura.

Enxergar esses espaços como ferramentas, matéria prima para o trabalho, entrelaçados com toda a sua história, simbolismo e memória, intensifica o sentido desse projeto, na troca de tempo e espaço, obra e história adquirem novo significado.

A relação tradição e contemporaneidade destaca valores distintos que em contraposição transformam conceitos e intensificam significados, pontuando tanto a visão histórica, quanto a vivência da arte contemporânea. Assim como num desenho onde a linha determina os limites de uma forma, os moldes de papel são como frágeis membranas que preservam a fronteira do que era parte de uma construção.

                                                            Projeto Construção EAV Parque Lage

                                                            Projeto Construção Colégio Anchieta

                                            Projeto Construção antigo Cassino da Urca 

                                                           Projeto Construção MAM Rio 

Projeto Construção Clube Naval Rio de Janeiro 

Projeto Construção Prêmio Funarte


                              I Salãode Artes Plásticas de Petrópolis Centro de Cultura Raul de Leoni